quarta-feira, 11 de junho de 2025

O amor é Brega!

     Dizes do amor que é a entrega, dizes do amor que é dolorido! Eu digo o amor romântico é BREGA!!

    Após anos de experiências afetivas e retornos denominados de novas chances, penso que amor romântico é apenas ilusório, para sempre não existe! 

    O para sempre, é a narrativa daqueles que procuram justificativas para ficar...aqueles que não desapegam.

    Baseada em minhas relações chego a conclusão que nunca amei de verdade, apeguei as idéias que construí...ahhh se tudo fosse como nossa imaginação cria! Estaria dançando no saguão com um leão cheio da grana, que devido ao meu amor virou um lindo príncipe pronto pra acasalarmos kkkk

    Quebrar os paradigmas
dos amores românticos, aceitar que é tudo convenção. Talvez, não precisemos de alguém que o tempo todo brigue para que sejamos aquilo que não somos, só pra gente satisfazer a expectativas de companheirismo criada a partir da carência do outro. Será que alguma vez fui amada por quem realmente sou? 

    Há uma frase de uma psicanalista contemporânea que diz "Como prometer um amor de um tempo que a gente nem viveu?" Pra cada fase um tipo de amor, e se agradecermos e reconhecermos que pra tudo existe um momento certo, ficaríamos livres da cobrança de que os outros melhore segundo nossas expectativas para que possamos realmente amá-lo.

    E se amássemos sem cobranças? E se amássemos o fato de aceitar que as pessoas simplesmente existem e são o que são? E se amássemos sem carências? E se amássemos sem a obrigação de que outro atendessem nossa expectativa? 

    Tem outra coisa, amar é uma coisa, conviver é outra! Gosto muito do que diz o terapeuta relacional Arly Cravo, "às vezes é melhor manter uma distância saudável, para que possamos continuar emanando amor!"

    Dos relacionamentos que tive, todos barraram no mesmo condão...quando me impuseram que eu fosse mais dócil nas palavras! Que fosse mais compreensiva e subserviente...Que eu apresentasse soluções aos problemas da vida prática como se não fossem idéias minhas, para que meus companheiros não se sentissem tão humilhados...Afinal, né: "Ela acha que sabe demais!" "Ela humilha os outros!" apenas por dizer o que pensa...ser prática, sincera e sem rodeios, me custou o fardo de ser carrasca e soberba! Ao menos aos olhos daqueles que não estão preparados pra conviver com minha natureza. 

    Decidi aceitar! Aceito os julgamentos, sentenças e condenações, sem nenhuma perspectiva de mudá-las. Afinal, estaria traindo a mim mesmo para poder caber na expectativas dos outros, aqueles que passaram por minha vida, sem nenhuma intenção de me mudar souberam aproveitar meus defeitos e me amar para além deles. 

    Amor romântico é piegas! Amor romântico acumula fardos desnecessários de felicidades irreais, criado a partir da idealização que o outro tem pra sua vida, e ao aceitarmos nos anulamos...Bendita seja, a vontade de sermos felizes para além dos paradigmas! Bendita seja a vontade de sermos amados por aquilo que somos: LIVRES!!

quinta-feira, 1 de maio de 2025

SOBRE CORAGEM NA RESISTÊNCIA!!


 Sou muito militante!! No sentido mais militar da palavra! Sobre defesa e resistência!

Acredito mesmo que estar no mundo é se ter a responsabilidade de tornar isso aqui num lugar melhor! 

Aceitar injustiças e desigualdades pra mim,  é como desistir da vida! Simplesmente, não consigo, me deprime! 

Daí vem Deus e me apresenta situações pra que eu coloque o que eu penso em prática. 

Cansada de ter perdido a luta por disputa entre meus pares, que embora estivéssemos do mesmo lado tínhamos formas diferentes de lutar! Uns mais militantes, outros mais pilantras, mais soberbos, outras mais petulantes, cada ser com sua luz e sombra! Por um tempo desisti! Pensei, não vale a pena! Muito ego e pouca luta! Não vou mais disputar, vou só falar o que penso! 

Quando a disputa política deixa de ser um projeto de luta e vira um projeto de poder, as causas se perdem no caminho! 

Mas, sempre há os resistem! Mulheres que cansadas, vão lá e lutam : Vanizas, Elietes, Naras, Claudias… Não permite que minha consciência sobre coletividade descanse! E graças as que resistem, é que avançamos pouco a pouco. Me chamaram pra luta aos 45 do segundo tempo! E vendo elas que não desistiram como poderia eu me negar! Prontamente, aceitei! Ir pra uma disputa onde estaríamos do mesmo lado, sem rusgas, sem ego…só 5 guerreiras que não desistiram! Mulheres, servidoras, algumas mães, outras já avós! Todas conscientes de seu papel! Nós não iríamos facilitar que tomassem o que conquistamos sem resistir! 

Uma semana, 2 certificações! Estamos no jogo!

Por um instante pensei que iria ganhar…o duro é que o lado de lá tbm pensou  kkkk

Força tarefa! Coloque os soldados e lacaios pra trabalhar!

E nós? bora se ajudar! Dividindo a vida, entre os nossos papéis e acumulando a militância! Muitos nos ajudaram na empreitada, fiquei feliz de saber que é possível! Mensagens de apoio: “vou só pra votar em você Janinha!”  “Vocês nos representam!” “Conte comigo!” entoadas genuinamente num reconhecimento de que entendiam que era preciso! Obrigada! Essas vozes faziam a diferença! 

E embora esperassem uma derrota acachapante, se depararam com espírito de luta! Colocaram a máquina pra funcionar, numa tentativa vã de impor uma vergonha para que eu nunca mais ousasse a desafiar! Ahhhh eu digo que sou atrevida! 

Agradeço o respeito com nossa luta! Tiveram que se articular porque sabiam que estávamos organizados! Sem brigas e nem disputas só cada um fazendo seu papel! 

A única diferença é que não dispomos da máquina! Não tínhamos carros a disposição, nem Coroné ordenador de votos! 

Mas, tivemos disposição do diálogo e a construção coletiva! 

Analisando bem, o atual presidente teve 568 votos no pleito passado, e eu tive 593! Quer dizer que se não tivessem se mobilizado eu teria grandes chances de ter ganhado! Obrigada por não nos  menosprezarem, e demonstra que embora achem que não somos importantes, tiveram que RECONHECER que somos fortes quando estamos juntos! 1100 votos a mais que no pleito passado?? Simmmm, foi graças a disputa da cabeça! Tiveram medo! Medo de perder o controle! Medo de aceitar que alguém além dos pertencentes das elites cuidassem desse patrimônio! 

Sabe aquela derrota que mais parece VITÓRIA, é exatamente assim como me sinto! Fui aventureira no sentido mais libertário da palavra! Pensei, porque não? 

Porque não, desafiar a estrutura? Porque não, combater aquilo que não é justo? Porque não, questionar as saídas? Porque não, colocar os dedos nas feridas? Porque não, cuidar do que é nosso? CORAGEM 

Fui lá e me atrevi! E eis que vi! Que não estava sozinha, aos poucos as pessoas estavam acordando, quase 600 pessoas já falo sozinha! Estamos juntos e obrigada! 



terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Porque escrevo?

        Me propus a participar de uma imersão de escrita: "Escrita de si, como processo de criativo e auto cura", proposto pela influencer Maíra Castanheiro a qual sigo já algum tempo, ganhou destaque na minha timeline pela relevância do tema "Diário de uma Mãeconheira".
         Achei interessante os 4 motivos que ela elenca de sua escrita: EGOÍSTA, HISTÓRICO, POLÍTICO E ESTÉTICO.


        Desses motivos acrescento alguns, quais sejam, escrita jurídica profissional, planejamento, entre outros.
        Não consigo traçar o histórico linear de minha relação com a escrita, mas posso trazer a baila alguns relances de minha relação com esse mundo escrita/leitura, que veio associado com minha história.
        Lembro que cursei a 1ª série no ensino fundamental, parecia que os professores me achavam burra, enquanto todas outras crianças estavam acompanhando a cartilha, a mim foi dado um caderno brochura pequeno, em sua primeira folha tinha uma linha inteira com a letra A cursiva, pra eu seguir o modelo, sei que quando consegui finalizar essa folha traumática, o caderno já não tinha capa kkkkk 
        Enfim, sei que de repente estava lendo e escrevendo,  e que te todas intempéries que ocorreu na minha infância ter conhecimento foi o que me salvou da perdição.
        Aos 12 ou 13 anos ganhei meu primeiro diário com chave, pra mim foi a glória, escrevi durante algum tempo, já mais velha iniciei um novo diário físico que me acompanha até hoje, não escrevo com muita frequência, nele escrevo coisas intimas sobre meus sentimentos sobre a vida e rejeições.Esse blog segue a mesmo caminho.

        Ao participar do meu primeiro movimento grevista na cidade de Paulínia, iniciei meu contato com a escrita política, utilizava minhas redes sociais para expor minhas opiniões e posicionamentos.
        Esse foi meu breve histórico de como se deu minha relação com a escrita, agora respondendo a pergunta chave tema desse texto respondo: PORQUE ESCREVO?
            Escrevo como forma de organização de meus pensamentos, escrevo porque na escrita há um distanciamento necessário das minhas emoções, escrevo muitas vezes intencionalmente no intuito de provocar, às vezes a mim, outras vezes os outros. Escrevo muitas vezes para vomitar aquilo que me contamina e me pertuba, escrevo pra tirar da mente coisas que eu fico matutando, escrevo como forma de registro, escrevo porque exerço a função de professora e advogada, escrevo como forma de planejamento, enfim de certa forma acredito que a escrita é um registro físico de meus pensamentos, e que de alguma forma esse registro tocará outras pessoas.