segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

DESCARTÁVEL, EIS O DILEMA!!





Parece que a hora de escrever é uma psicografia de mim mesmo, onde tento expelir todos os meus medos, anseios, dúvidas...colocando-os para fora e tornando-me expectadora de mim, e como apontam diversos autores de leitura/escrita tomamos um certo distanciamento, aí sim posso ser o interventor palpiteiro da vida alheia.
Quem sabe assim, consigo apontar soluções para os meus conflitos?
Porque solução para os problemas alheios a gente sempre tem, neh!!!
Gosto de reler o que escrevi,as vezes em dados momentos eu aponto soluções em que nenhuma outra leitura me trouxe, talvez porque somente eu me entenda....
Adoro também, ler textos de outras pessoas, como por exemplo Caio Fernando de Abreu, Machado, João Ubaldo e por aí vai, e quando me deparo com uma escrita que traduz aquilo que estou sentindo, mesmo que seja doloroso, naquele momento eu sinto uma felicidade imensa por saber que não estou sozinha no mundo, que aquela dor que estou sentindo é natural do ser humano e que nós vivemos dilemas semelhantes o qual buscamos solucioná-los.
Vamos ao dilema!!
Ouvi de uma amiga que talvez eu tenha um carma, que é aprender lidar com certo "TIPO" de pessoas e que quando eu aprender a lidar com elas não sofrerei mais com suas atitudes.
Acho engraçado quando outros dizem que sou boba porque complico demais as coisas, porque dou importância  pra umas coisas que não tem tanta relevância...como assim???
Então tenho  que estar no mundo e não viver o mundo?
Então tenho que achar que as relações humanas são banais, descartáveis?
Que algumas pessoas entrarão na sua vida só pra simplesmente sair, como se fosse ao supermercado olhasse uns itens interessantes, farão as análise do custo/benefício como se sua vida fosse uma mercadoria e depois iriam embora...e nessa como você tem que agir??
Aí está o grande dilema!
Você terá que sempre pressupor o consumismo alheio?
Ou será que você pressupondo o consumismo alheio se tornar um entretenimento atrativo?
Deixando de ser o ser humano que vc é para satisfazer o consumidor que agora o quer?
É óbvio que não! É bonito que não! Mas, é real que não?
Vamos agora analisar se fizemos papel de mercadoria...
Estava lá você, vivendo sua vida pacata, travando suas batalhas e dilemas, e chega este estranho te oferecendo o que você acha a vida dele, porque você aceita?
Aí você cai em si, ele não estava oferecendo a vida dele, ele estava no mundo do entretenimento.
Este é meu carma?
Aprender lidar com pessoas que tratam as outras como descartáveis e não me prestar o papel de ser descartável?
Se eu falasse isso para o meu psicólogo ele me diria que eu estou dando uma de coitadinha...aiiii coisa que detesto é ser coitada!
Realmente, como escrevi a tempos atrás nós não controlamos as atitudes dos outros, somente as nossas, e sei bem como funciono só consigo perdoar e caminhar em frente depois que compreendo o motivo deu ter permanecido ali.
Tostines é fresquinhas porque vende mais, ou vendi mais porque é fresquinha?
Eu me prestei o papel de descartável, ou fui tratada como descartável?
O que é se prestar e se sentir descartável?
Penso que é quando não damos valor a vida que temos, deixando que outras pessoas decidam por nós, o rumo dos nossos sentimentos, jogamos tudo para alto em troca de sensações fortes, rápidas e passageiras, mas ao final nos deixam marcas para vida toda, fazendo a todo tempo que nos desviemos de outros seres humanos com medo de termos essa sensação de "lixo" novamente.
Nossa! Que final feio...mas fazer o quê??
Quem sabe daqui alguns meses,
Eu tenha a solução para esse dilema..
E que o amor vire tema;
E nos livre deste problema.

Adoro as riminhas no final(rs).